Tendo em conta as frequentes questões colocadas face à estranheza de durante vinte anos a Município de Tomar não ter recebido a renda da estação rodoviária, torna-se público o ofício datado de 12 de julho de 1995 e assinado pelo então chefe da Divisão Administrativa e Financeira da autarquia, a mando do presidente da Câmara, no qual se dá conta de que, tendo o contrato de exploração da Central de Camionagem cessado por comum acordo, o pagamento da renda referente ao primeiro trimestre daquele ano seria aquele que viesse a ser acordado.
A verdade é que seria necessário que passassem vinte anos até que o presente executivo camarário se desse conta de que essa situação estava por resolver, tendo de imediato começado a trabalhar no sentido de reverter o processo, o que conseguiu após um ano de negociações, obtendo a devolução do equivalente a trinta meses de renda e baixando a dívida da autarquia ao fornecedor Rodoviária do Tejo.
Recorde-se que esta empresa é um fornecedor estratégico do Município, ao qual a dívida em setembro de 2013 atingia 948.271,47 €, tendo sido feito um acordo de pagamento em prestações, do qual falta ainda liquidar 463.582,35 €. Para além deste passivo, há a considerar o saldo que resulta da faturação desde outubro de 2013, em média de 68.000 € por mês, e que se cifra em 112.615,06€. Verifica-se portanto uma redução de 372.074,06 € no passivo total para com o referido fornecedor. O contrato de arrendamento agora efectivado tem um valor mensal de 1.000 €.
Para além disso, vão ser realizadas obras de beneficiação em parceria entre o Município e a Rodoviária do Tejo, das quais se destacam a melhoria das instalações para utentes, a instalação de wireless para acesso à internet, a pavimentação e marcação de lugares para estacionamento dos autocarros, entre outras. Também o espaço de cafetaria/bar vai ser concessionado a terceiros, donde se espera melhorar a qualidade de serviço aos utentes e obter mais uma receita para o Município.
